ENTRETENIMENTO
Alfarrábio: Imagina que louco!
Imagina que louco viver num mundo onde todos respeitassem o princípio do "não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizessem a você", e assim, por consequência, respeitassem uns aos outros. Que louco seria se ao invés de julgar - porque é cômodo - cada um se pusesse no lugar do próximo, e se isso ainda fosse pedir muito, ao menos lembrasse, então, que é igualmente apenasum ser humano nessa imensidão do Universo, sujeito a cometer tantos erros quanto qualquer outro que habita o plano terrestre.
Imagina que louco... se o homem entendesse que, não fossem as diferenças, a espécie humana não teria caminho para a evolução; mais louco ainda seria se todos soubessem dessa tal ascensão explorada por tão poucos. Que louco seria se o homem descobrisse que tudo tem uma solução, que para o erro existe o perdão e, muito mais louco se percebesse que o amor é o real e único sentido de tudo, e que o mal e todos seus pseudônimos - intolerância, ego, rancor, inveja, violência - não levam nada nem ninguém a lugar algum.
Imagina que louco se todos respeitassem de verdade as opiniões e escolhas alheias, e se compreendessem que é possível debater essas diferenças sem que um dedo seja levantado ou que o tom de voz seja exasperado. E mais louco ainda seria se, no final das arguições, mesmo que nenhum convencesse o outro a trocar de ponto de vista, permanecesse o respeito pacífico diante da perspectiva diferente.
Imagina, que louco! Se a fixa do homem caísse e por fim entendesse que tudo é Energia e aceitasse que as Leis do Universo são implacáveis: Atrai-se o que se transmite; Se colhe o que se planta; Tudo o que vai, um dia volta. Imagina, se o homem soubesse ao menos um pouco o que é o karma... que louco.
Imagina... que louco. Se todos amassem e por todos fossem amados. Se todos respeitassem e fossem respeitados. Se todos vissem menos os erros alheios e reconhecessem mais os próprios pecados. Se todos pedissem perdão, arrependidos, perdoassem o arrependimento do próximo e por todos fossem perdoados.